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Paulinho da Força diz que Justiça Eleitoral aprovou contas de campanhas eleitorais investigadas pela Lava Jato

Deputado federal é alvo de operação que apura crimes eleitorais em SP nesta manhã. Deputado Paulinho da Força (SD-SP) durante sessão em comissão da Câmara, em junho

Por Mauricio Santos em 14/07/2020 às 09:54:02
Deputado federal é alvo de operação que apura crimes eleitorais em SP nesta manhã. Deputado Paulinho da Força (SD-SP) durante sessão em comissão da Câmara, em junho de 2016

Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

O deputado federal e presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, disse que suas contas das campanhas das eleições de 2010 e 2012, investigadas em operação da Lava Jato contra crimes eleitorais, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Ele também afirmou que desconhece os fatos apurados.

"Caso os mandados digam de fato respeito a alegado caixa dois dos anos de 2010 e 2012, a partir da delação da JBS, conforme notícias veiculadas, o Deputado lamenta o ocorrido na data de hoje tendo em vista que já são passados 10 anos desde os fatos apontados, sendo que suas contas das eleições de 2010 e 2012 foram aprovadas regularmente pela Justiça Eleitoral", diz a nota. (Leia a íntegra abaixo).

Paulinho é alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Público Eleitoral na manhã desta terça-feira (14). Os agentes fazem buscas no gabinete e no apartamento funcional do parlamentar em Brasília e na sede da Força Sindical, à qual ele é ligado, em São Paulo. Ao todo, são sete mandados de busca e apreensão nas duas cidades.

Também foi determinado o bloqueio judicial de contas bancárias e de imóveis dos investigados, em decisão que partiu da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.

De acordo com as investigações, foi constatada a existência de indícios do recebimento de doações eleitorais não contabilizadas durante as campanhas eleitorais dos anos de 2010 e 2012, no valor total de R$1,7 milhão. Os indícios foram identificados, por exemplo, por meio da quebra de sigilos bancários, do intercâmbio de informações com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e de testemunhos de pessoas relacionadas aos fatos.

Segundo o Ministério Público Eleitoral, os pagamentos teriam ocorrido através da simulação da prestação de serviços advocatícios e também com o pagamento de valores em espécie através de doleiros contratados. O escritório de advocacia supostamente envolvido na simulação da prestação de serviços tinha como um dos seus sócios o genro de Paulinho da Força.

A assessoria de imprensa do parlamentar informou em nota que Paulinho da Força "desconhece os fatos apurados" e que "suas contas das eleições de 2010 e 2012 foram aprovadas regularmente pela Justiça Eleitoral". (Veja a íntegra da nota ao final da reportagem)

A reportagem procurou a assessoria de imprensa do partido Solidariedade, mas não havia obtido resposta até por volta de 8h40.

Deputado Paulinho da Força é alvo da operação da PF contra crime eleitoral

Operação após inquérito de colaboração premiada

A operação foi deflagrada após inquérito policial encaminhado à Justiça Eleitoral de São Paulo em meados de 2019, depois da colaboração premiada de acionista e executivos do Grupo J&F.

A operação Dark Side é primeira fase da operação Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de São Paulo desde o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que reafirmou a competência da Justiça Eleitoral para os crimes conexos aos crimes eleitorais.

Os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro, com penas previstas de 3 a 10 anos de prisão.

Como Paulinho da Força é um deputado federal no exercício do mandato, as investigações em primeira instância se restringem aos fatos apurados nos anos de 2010 e 2012.

PF cumpre mandado contra deputado federal Paulinho da Força em SP e no DF

Nota Paulinho

"O Deputado Paulo Pereira da Silva foi alvo de mandado de busca e apreensão expedido pra Justiça Eleitoral de São Paulo.

O parlamentar desconhece os fatos apurados e está tomando ciência da apuração pela imprensa na medida em que sequer lhe foi fornecida cópia da decisão que autorizou as buscas.

Caso os mandados digam de fato respeito a alegado caixa dois dos anos de 2010 e 2012, a partir da delação da JBS, conforme notícias veiculadas, o Deputado lamenta o ocorrido na data de hoje tendo em vista que já são passados 10 anos desde os fatos apontados, sendo que suas contas das eleições de 2010 e 2012 foram aprovadas regularmente pela Justiça Eleitoral.

Por fim, o parlamentar confia que a apuração chegará à conclusão de que os fatos trazidos não possuem nenhum fundamento."

Fonte: G1

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